Você sente dor quando fala, come, quando pega vento ou frio ou simplesmente lava ou passa a mão no rosto? Uma dor aguda, como um choque?
Ela se estende da região frontal ( olhos e parte do nariz)? Ou da na região malar, (nariz e lábio superior)? Ou temporal, do ouvido ao maxilar inferior?
Esses são os caminhos do nervo trigêmeo – um dos que controlam as sensações que se espalham pela face, enviando mensagens ao cérebro. Ele é chamado de trigêmeo porque tem 3 ramificações: oftálmica, maxilar e o mandibular.
Quando comprimido ou inflamado, pode causar dor, genericamente apontada pelos pacientes como dor de cabeça. Também confundida com estresse ou problema dentário. A neuralgia do trigêmeo é mais comum entre as mulheres (3 para cada 2 homens). Algumas dizem que não conseguem nem pentear o cabelo ou escovar os dentes.
Tratamento: ele começa com remédios para convulsão e/ou analgésicos. Se não houver alívio, é recomendado o tratamento cirúrgico. Uma das opções é uma microcirurgia de descompressão – separa a artéria do nervo. É essa pressão que manda sinais de dor para o cérebro. E a outra opção é a radiofrequência pulsada, que cauteriza as terminações do nervo.
Funciona assim: em um centro cirúrgico, o médico posiciona agulhas no paciente que mandam estímulos elétricos para o nervo inflamado. É um choque que faz com que o nervo pare de enviar sinais de dor para o cérebro.
Por sua eficácia, ela se tornou uma grande esperança para o tratamento também de dores crônicas da coluna (dor cervical, dor lombar, hérnia de disco). Seu uso aqui no Brasil é novo e por isso ainda é pouco utilizado. Mas já consta do rol de procedimentos da ANS.