A Síndrome Facetária é normalmente confundida com entorse de ligamento, e trata-se de uma condição que envolve a inflamação de uma ou mais articulações das juntas na parte de trás das vértebras.
Nesta matéria, vamos entender o que são as facetas articulares, as características da dor facetária, como se dá o diagnóstico e as formas de prevenção.
Boa leitura!
Quais são os sintomas da Síndrome das Facetas?
As facetas articulares estão localizadas na parte posterior das vértebras, atrás dos discos vertebrais. São responsáveis pela estabilidade e flexibilidade espinhais, guiando a flexo-extensão e estabilizando os discos, limitando os movimentos rotacionais e suportando parte do peso da coluna vertebral.
A síndrome facetária ocorre mais frequentemente na coluna cervical e na lombar ao nível dos segmentos constituídos pelas vértebras que se localizam na parte inferior, L4-L5 e L5-S1. Entretanto, também é possível se desenvolver nos níveis da dobradiça cervical, dorsal ou dorso-lombar.
A dor facetária normalmente atinge a parte inferior das costas (região lombar), podendo se estender até as nádegas e/ou coxas.
Os sintomas da Síndrome Facetária, são:
- Rigidez ao acordar;
- Desconforto ao deitar de bruços;
- Aumento da dor ao alongar para trás;
- Rotação pélvica difícil e dolorosa;
- Necessidade de se segurar para frente enquanto está de pé;
- Sensação de fraqueza nas costas;
- Dificuldade ou incapacidade de correr;
- Pressões locais dolorosas;
- Presença de cordas musculares perto da articulação inflamada;
- Sem aumento da dor durante o esforço (tosse, alongamento).
Além disso, no caso da síndrome facetária, não há déficit neurológico, ou seja, o paciente não apresenta perda de reflexo, sensibilidade (dormência) ou força muscular.
Causas da Síndrome Facetária
Como observamos anteriormente, as articulações devem suportar parte do peso sustentado pela coluna vertebral e essa carga tende a aumentar na proporção da degradação do disco intervertebral (afinamento).
Essa sobrecarga pode, portanto, comprometer o sistema de regeneração das superfícies articulares, bem como sua nutrição, que depende muito de sua mobilidade.
Desgaste, flacidez do disco intervertebral, estresse traumático ou mecânico podem acentuar a síndrome facetária.
Além disso, pode ocorrer disfunção da coluna vertebral, que é um mecanismo de bloqueio natural. Isso pode causar a degeneração das articulações, portanto, alterações degenerativas que podem ser acompanhadas de dor em alguns casos, mas não necessariamente no início.
Quando a Síndrome Facetária causa dor, está normalmente ligada à deterioração da cartilagem facetária, cápsulas articulares e ligamentos circundantes. Assim, a dor pode surgir a um simples movimento, como também por posturas incorretas ou posturas mantidas por muito tempo. Mas facetas normais também podem gerar dores.
Como o diagnóstico da Síndrome Facetária ocorre?
Se você se identificou com algum dos sintomas da Síndrome Facetária, ou está com alguma dor na coluna que insiste em não passar com repouso e medicação, o ideal é procurar um médico especialista em dor e coluna vertebral para realizar a avaliação e diagnóstico.
O diagnóstico da Síndrome Facetária ocorre por exames clínicos e exame de imagem e muitas vezes confirmada por um bloqueio diagnóstico da inervação das facetas. O diagnóstico rápido é essencial para uma boa recuperação com restauração da mobilidade e reparação dos tecidos.
É possível prevenir a Síndrome Facetária?
Entre os principais grupos de risco da Síndrome Facetária estão as pessoas com excesso de peso e com arqueamento excessivo na região lombar (hiperlordose). Assim, o controle do peso, correção postural e ajuste da coluna são práticas de prevenção eficazes.
Além disso, para evitar compressão anormal das articulações, existem outras recomendações, como:
- Manter a postura correta;
- Não ficar na mesma posição por muito tempo;
- Fazer alongamentos.
Nesta matéria vimos as características da dor facetária, seus sintomas, causas e formas de prevenção.
Algo que deve-se levar em conta é evitar a automedicação para tratar os sintomas, pois esta síndrome deteriora de forma gradual as articulações, e quanto mais o paciente demora para buscar o tratamento, mais difícil será.