A espondilite anquilosante é uma forma de artrite inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações da coluna vertebral e as articulações sacroilíacas, que são as articulações que conectam a base da coluna ao osso pélvico. Essa condição também pode envolver outras articulações, como os ombros, quadris e joelhos.
Para saber quais são as causas, os sintomas e as possibilidades de tratamento, leia este artigo até o fim.
Espondilite anquilosante: quais as possíveis causas?
As causas exatas da espondilite anquilosante ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais têm um papel importante no seu desenvolvimento
Predisposição genética
Acredita-se que a hereditariedade desempenha um papel significativo na espondilite anquilosante. A maioria das pessoas com a doença tem um gene chamado HLA-B27. Ter esse gene não é suficiente para desenvolver a doença, mas parece aumentar significativamente o risco. No entanto, nem todas as pessoas com o gene HLA-B27 desenvolvem espondilite anquilosante, o que indica a influência de outros fatores.
Fatores imunológicos
A espondilite anquilosante é considerada uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca erroneamente o próprio corpo, causando inflamação. Ainda não está claro o que desencadeia essa resposta autoimune no contexto da espondilite anquilosante.
Fatores ambientais
Embora não esteja totalmente esclarecido, acredita-se que certos fatores ambientais, como infecções, possam desencadear ou influenciar o desenvolvimento da doença em pessoas geneticamente predispostas. No entanto, não há um agente infeccioso específico associado à espondilite anquilosante.
Sexo e idade
A doença é mais comum em homens do que em mulheres e geralmente começa na adolescência ou na idade adulta jovem, embora possa ocorrer em qualquer idade.
Histórico familiar
Ter parentes com espondilite anquilosante aumenta o risco de desenvolver a doença.
Saiba como são os sintomas da espondilite anquilosante
Os sintomas da espondilite anquilosante podem variar de pessoa para pessoa e podem se desenvolver gradualmente ao longo do tempo. Os mais comuns incluem:
- Dor e rigidez na parte inferior das costas – A dor geralmente começa de forma insidiosa e pode ser crônica. É comum sentir rigidez matinal que melhora com o movimento e atividade física.
- Rigidez e dor em outras áreas da coluna – Além da região lombar, a inflamação pode afetar outras partes da coluna vertebral, como o pescoço (coluna cervical) e a região intermediária das costas (coluna torácica).
- Dor e inflamação nas articulações sacroilíacas – As articulações sacroilíacas, localizadas na base da coluna vertebral, são frequentemente afetadas na espondilite anquilosante, o que pode resultar em dor e desconforto na região glútea ou lombar.
- Dor e inchaço em outras articulações – A espondilite anquilosante também pode afetar outras articulações, como os ombros, quadris, joelhos e tornozelos, embora as articulações sacroilíacas e da coluna sejam as mais frequentemente envolvidas.
- Fadiga – Pessoas com espondilite anquilosante podem experimentar fadiga persistente, que não melhora com o repouso adequado.
- Rigidez noturna – A rigidez e a dor na espondilite anquilosante podem ser mais intensas pela manhã ou após períodos de inatividade prolongada, como ao acordar.
- Dificuldade para expandir o tórax – A inflamação na coluna vertebral pode causar rigidez no peito e dificuldade em expandir completamente os pulmões, o que pode levar a problemas respiratórios em casos avançados.
- Postura anormal – À medida que a doença progride, pode ocorrer uma mudança na postura, com uma curvatura para a frente da coluna vertebral (cifose) devido à fusão das vértebras afetadas.
- Sintomas sistêmicos – Em alguns casos, a espondilite anquilosante pode causar sintomas além do sistema musculoesquelético, incluindo febre baixa, perda de apetite e perda de peso.
Como é o diagnóstico de espondilite anquilosante?
O diagnóstico de espondilite anquilosante pode ser um processo desafiador, pois os sintomas iniciais podem ser vagos e semelhantes a outras condições. O diagnóstico precoce é importante para iniciar o tratamento oportuno e evitar complicações futuras.
Os passos comuns para diagnosticar a espondilite anquilosante incluem a análise do histórico médico, exame físico, exames laboratoriais, teste genético e exames de imagem.
Vale destacar que o diagnóstico é complexo e pode levar tempo, exigindo uma abordagem cuidadosa e a colaboração entre médico e paciente.
Quais as possibilidades de tratamento para a espondilite anquilosante?
O tratamento da espondilite anquilosante tem como objetivo controlar a inflamação, aliviar a dor, melhorar a função física, prevenir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento é geralmente personalizado conforme a gravidade dos sintomas e o quadro clínico de cada pessoa.
As opções de tratamento podem incluir:
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);
- Terapia biológica;
- Terapia física e exercícios;
- Exercícios de fortalecimento;
- Uso de coletes;
- Medicamentos analgésicos.
É importante ressaltar que o tratamento deve ser realizado sob a orientação e supervisão de um médico especialista. O tratamento contínuo e o acompanhamento médico regular são essenciais para o controle da doença e para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Em alguns casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir deformidades ou melhorar a função das articulações afetadas, mas isso é considerada uma opção de tratamento menos frequente.